Quantcast
Channel: A Pipoca Mais Doce
Viewing all articles
Browse latest Browse all 3559

As últimas dez coisas que vi na Netflix

$
0
0
Pus mais dois temas à escolha nas stories do Instagram: últimas coisas que tenho visto na Netflix ou os pedidos que mais faço na UberEats. Ora 69% de vocês (quase 10500 pessoas) escolheram Netflix, por isso vamos embora. Mas acho que ainda volto ao tema UberEats, porque acho que tem a sua utilidade:

Bird Box 

Foi o filme que vi ontem à noite, porque andava toda a gente a falar disso e eu tive de ir ver também. Assim muito basicamente, é a história de uma mãe (Sandra Bullock, que deve andar a tomar drogas das boas para parecer cada vez mais nova) que faz tudo para proteger os dois filhos pequenos de um fenómeno maléfico qualquer que anda a fazer com que toda a gente se suicide. Que fenómeno é esse? Nunca chegamos a perceber muito bem. Não percebo o sururu todo em torno do filme. É engraçado, cheio de tensão, uma pessoa está ali e até tem medo de respirar, mas não passa disso. O final, então, parece que foi ali criado às três pancadas, tipo "vamos lá despachar isso que tenho o bacalhau ao lume".


Roma


Foi o primeiro filme que vi este ano e  é só maravilhoso. Vai ser um dos grandes nomeados aos Óscares. Aliás, nos Globos de Ouro limpou o prémio para melhor realizador (Alfonso Cuáron) e melhor filme estrangeiro, por isso fiquem de olho nele. A história é muito simples, é sobre uma empregada (ou "a senhora lá de casa") que trabalha numa casa rica na Cidade do México, algures nos anos 70. Mas acho que é mesmo a simplicidade da história, aliada a uma estética irrepreensível, que faz com que seja um filme tão bonito. É daqueles que só nos atingem mais tarde. Apesar de estar na Netflix, se conseguirem vê-lo numa sala de cinema (está em algumas) acho que vale muito a pena.

Black Mirror Bandersnatch


É um episódio especial de Black Mirror, uma das séries mais aclamadas da Netflix e que, para quem não sabe, tenta espelhar um pouco aquilo que será a nossa realidade e a forma como a nossa vida será moldada num futuro próximo à conta do desenvolvimento crescente das novas tecnologias. Este episódio de uma hora e meia tem a particularidade de ter um componente interactiva em que quem está a ver é convidado a decidir o desenrolar da história, escolhendo entre várias opções que lhe vão sendo dadas. E tanto podemos escolher coisas simples (como a marca de cereais que o protagonista vai comer ao pequeno-almoço), como coisas mais relevantes para a história. Há vários finais possíveis, consoante as escolhas que vamos fazendo (acho que consegui ver todos). A ideia é muito gira e acho que é um prenúncio daquilo que vai ser a televisão daqui a muito pouco tempo, mas o argumento deste episódio não é nada de especial. É até meio chatinho. Mas, pela experiência, acho que vale a pena. Atenção que nem todos as televisões/tablets/telemóveis dão para ver. É uma questão de tentarem.

Marie Kondo: a magia da arrumação


Ora aqui está um tema que tem vindo a interessar-me cada vez mais: técnicas de arrumação, optimização do espaço e forma de nos livrarmos de tralha variada. A Marie Kondo é uma japonesa pequenina e irritante, uma espécie de guru da organização, com vários livros famosos sobre o assunto. Nesta série da Netflix ela vai a casa de pessoas que vivem de forma caótica e tenta instalar alguma ordem no meio daquele caos. Por que é que eu digo que é irritante? Porque está sempre calmíssima, nunca se enerva, nunca fica espantada com a quantidade de merda que as pessoas são capazes de acumular nas suas casas. Aliás, dá saltos de alegria sempre que vê pilhas de roupa, pilhas de livros, pilhas de bibelôs, pilhas de tudo. É super enervante. Já tirei algumas dicas que me parecem interessantes mas fiquei, sobretudo, satisfeita por perceber que afinal até sou bastante arrumada comparada com aquela gente que aparece no programa. O que é aquilo? Mal conseguem entrar em casa com tanta tralha que têm. E acho que assim que a Marie Kondo vira costas aquilo volta a transformar-se num armazém.

Império de Memes


É um documentário sobre pessoas que ficam famosas por serem famosas, sobretudo nesta era das redes sociais em que toda a gente se torna um fenómeno enquanto o Diabo esfrega um olho. Óbvio que retrata a realidade americana, que está muiiiiiiiito longe da nossa (e ainda bem), mas achei muito interessante na mesma. É estranho ver aquilo a que as pessoas se sujeitam pela conquista do reconhecimento digital, como vivem obcecadas por isso, como todos os passos que dão na vida são pensados para criar o maior impacto possível. Medo.

Nada a esconder


É um filme francês sobre um grupo de amigos que, num jantar, decide fazer um jogo estúpido: todos têm de pôr os telemóveis em cima da mesa e ler alto cada mensagem que receberem. Está bom de ver que isto vai dar merda. Tal como daria na vida real. O filme fez-me lembrar um bocadinho o "Pequenas Mentiras entre Amigos", mas looooooonge de ser tão bom.

Sex & Love Around the World


É um documentário muito, muito interessante da jornalista Christiane Amanpour sobre a forma como o sexo e as relações são vistos em diferentes pontos do mundo. Cada episódio passa-se numa cidade diferente (Nova Deli, Tóquio, Acra, Beirute, Berlim), com conversas muito despudoradas sobre temas que nem sempre são fáceis de abordar. Acho que tem uma diversidade muito interessante, não só de pessoas entrevistadas, como dos sítios que ela visita e das conversas que desenvolve. Gostei mesmo muito.

Amor Ocasional


É uma série francesa daquelas assim boas para aviar numa tarde de domingo, com pipocas, bolachas, todas as porcarias a que têm direito. Então, há uma miúda que está encalhada, que não consegue esquecer o ex, que acha que jamais conseguirá encontrar alguém. Vai daí, duas amigas envolvem-se num plano um bocado louco para lhe arranjar um homem. Não sendo assim a melhor série de todos os tempos, acho que está bem escrita e surpreendeu-me pelo humor.

Serial Killer with Piers Morgan


Portanto, eu tanto estou a ver séries românticas como estou a ver entrevistas a assassinos em séries. É esta a maravilha da Netflix, podermos escolher segundo a nossa disposição. Ora bem, eu já tinha feito a série de entrevistas que o Piers Morgan fez a várias mulheres assassinas. Desta vez entrou em cadeias de alta segurança para falar com assassinos em série, para ouvir a versão deles e, invariavelmente, para os ouvir dizer que estão inocentes. Acho que o Piers Morgan tem um jeitão para isto, sobretudo porque não tem qualquer problema em dizer-lhes "hmmmm, deixe-se de merdas, eu sei que está a mentir".

You


É a nova série queridinha da Netflix, mas vi dois episódios e desisti. Pareceu-me uma espécie de Dexter para adolescentes, com um doido que decide fazer tudo para conquistar a miúda dos sonhos dele. Não estava a achar mesmo nada de especial, mas ainda sou capaz de dar o benefício da dúvida e ver o resto.

Viewing all articles
Browse latest Browse all 3559