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As mulheres mais influentes de Portugal

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Se alguém me perguntar se me considero uma pessoa influente a minha resposta é um "eu??? Deusmalivre, eu lá sou capaz de influenciar alguém?". Não consigo ver-me nesse papel, não me considero propriamente um "role model", sou só uma pessoa que tem a sorte de fazer aquilo de que gosta, que é escrever para uma data de malta que tem a paciência e a simpatia de me ler diariamente. Foi por isso que estranhei quando a revista Executiva me informou de que tinha sido eleita uma das 25 mulheres mais influentes de Portugal. Oi? Eu? Ainda por cima no meio de tantas outras mulheres que admiro, com percursos incríveis em áreas tão distintas como as artes, ciência, solidariedade, negócios, política, media ou justiça.

Esta eleição teve por base um estudo do jornalista Filipe S. Fernandes que, partindo de uma lista de 150 mulheres e através de uma metodologia que analisou diversas variantes (carreira, imagem, rede, poder e fortuna), chegou aos nomes das 25 mulheres mais influentes de Portugal. Nomes como Cristina Ferreira, Júlia Pinheiro, Paula Rego, Joana Vasconcelos, Judite de Sousa, Isabel Jonet, Assunção Cristas, Maria João Pires, Rita Blanco, Olga Roriz, Isabel dos Santos, Mariza, Maria Filomena Mónica... e eu.

Na quarta-feira estive presente na cerimónia de atribuição dos prémios, no Palácio Foz, e no meio de todas aquelas mulheres fantásticas e inspiradoras. Não me sinto a melhor em nada mas, como dizia a Rita Blanco, é pena que, para serem distinguidas, as mulheres tenham de ser consideradas "as melhores", quando há tantos homens, tão fraquinhos profissionalmente, a serem distinguidos com frequência. Mas pronto, é o que temos, e enquanto o que temos for isto, faz sentido lançar iniciativas destas.

Nos últimos dias tenho pensado sobre o que é isto de ser influente ou relevante, e continuo a não conseguir chegar a grandes conclusões. Tendo um blog, a minha eventual influência passará por fazer uma chamada de atenção para alguns temas, tentar envolver quem me segue em alguns projectos solidários, usar a exposição que tenho para divulgar causas pertinentes. Comparado com o trabalho desenvolvido por todas as mulheres premiadas, o meu é só uma gotinha no oceano, sei que sou o fim da cadeia alimentar, mas também por isso fiquei muito feliz e agradecida por receber esta distinção. Por saber que o papel dos blogs não está esquecido e por ter sido a primeira blogger a trazer a estatueta para casa. =)

Obrigada à Executiva mas obrigada, sobretudo, a todos vocês que me seguem.





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