Eu passei a vida a dizer que o tamanho (sim, do dito cujo) não importa. Não sei se esta teoria foi lançado por homens que não foram bafejados pela sorte na hora de distribuir centímetros, se por mulheres que, mal servidas, sempre se esforçaram por acreditar nisso. O que é certo é que a máxima foi tão divulgada que se tornou praticamente um decreto-lei. Pela parte que me toca, e pela experiência que fui tendo, acredito nisso. A menos que seja anormalmente grande ou anormalmente pequeno, é tudo mais ou menos a mesma coisa, uma pessoa nem dá pela diferença. Ainda assim, os homens tendem em fazer disso uma coisa de alta relevância, desde pequenos que falam no assunto, comparam tamanhos de pilas (preferem pilinhas?), mandam bocas uns aos outros porque, coitados, custa-lhes a perceber que muito mais do que o tamanho o que importa é a eficácia e o jeito com que manobram a coisa. Mas pronto, para alimentar um bocadinho mais a discussão,acaba de sair um estudo na revista de urologia BJU International que vai pôr muitos homens de régua (e não só) em riste. Pois que investigadores ingleses andaram por esse mundo fora a apreciar pilinhas (preferem pilas?) adormecidas e em acção, e criaram um diagrama parecido com a curva de crescimento que os pediatras usam para avaliar os percentis dos miúdos e ver que tal estão a evoluir em termos de peso e altura. Para este estudo foram avaliados mais de 15 mil homens, entre os 17 e os 91 anos. Ele há vidas difíceis, hã? Então e a que brilhantes conclusões é que chegámos? Pois bem, fiquem a saber que, em média, uma pilinha sossegada mede 9,16 centímetros, enquanto uma pilinha marota mede 13,12 centímetros. A esperança é que, com este estudo, muito bom homem que por aí anda pare de estar obcecado com o tamanho das suas partes baixas ou que se sujeite a operações de aumento. Basicamente, isto serve para lhes passar a mão pelo pêlo, tipo "ohhhh, a tua pilinha é amorosa, não te preocupes, estás na média". Claro que foram homens a desenvolver este estudo. Tivessem sido mulheres e punham-lhe ali mais quatro ou cinco centímetros, só para os ver cabisbaixos a olhar para os seus fiéis companheiros e a constatarem que estão longe, ui, tão longe da média. Pronto, estou a ser mazinha. Repito: o tamanho não interessa. Mas também não abusem da sorte.
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