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Channel: A Pipoca Mais Doce
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O efeito cheerleader ou a falta de critério masculina

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Quando estivemos no Epic Sana Algarve, em Julho, chegou um grupo enorme de mulheres estrangeiras que estavam num qualquer encontro de empresa. Eram dúzias, barulhentas e ocupavam as espreguiçadeiras todas. Para o meu homem aquilo foi uma alegria, um monte de mulherio em biquíni, que loucura. Para aí à 14ª vez que ele repetiu "eh pá, tanta gaja boa", dediquei-me a olhar para elas com mais atenção e... não havia uma que uma pessoa pudesse dizer "sim senhora, aqui está um exemplar de babar". Havia uma outra engraçada, claro, mas nenhuma efectivamente muito gira e/ou muito boa. Quando lhe pedi que me indicasse quais é que eram giras, só me apresentou tiros ao lado. Se há pessoa capaz de reconhecer e apreciar uma mulher de jeito sou eu, mas ele só me apontava exemplares medianos. Giritas, mas longe, uiiiii, tão longe, de serem as bombas que ele acreditava serem. E ainda se punha a insistir: "aquela não? A sério que não achas aquela gira?". O que, claro, veio confirmar a teoria que defendo há uma vida: um homem vê um grupo de mulheres e sente-se um muçulmano que chegou ao paraíso e tem 72 virgens à espera. O homem só vê o conjunto, não consegue ver os diversos elementos de forma isolada. São gajas, são muitas, logo são todas, mas TODAS, giras e boas. Então se estiverem de mini-saia ou biquíni ascendem imediatamente à categoria de Miss Mundo. 
Aparentemente, a minha teoria também foi defendida pelo Barney, do "How I Met Your Mother", só que ele chama-lhe "efeito cheerleader". Diz o Barney
que algumas mulheres parecem mais bonitas quando estão inseridas num grupo do que quando estão sozinhas. E antes que venham já dizer que isto são só coisas da minha cabeça e que não acontecem na vida real, deixem-me que vos diga que tenho a ciência do meu lado. O "efeito cheerleader" existe e foi estudado por cientistas da Universidade da Califórnia. Numa explicação muito simplista (tal como a maioria  dos homens), o que acontece é que o cérebro olha para a cara de várias pessoas que estão juntas e faz uma espécie de média, então as que não são assim grande espingarda acabam por parecer mais giras quando misturadas com outras. Não é fantástico? O estudo foi publicado na revista Pshycological Science, caso queiram saber mais sobre tão interessante assunto. A parte boa disto é que a próxima vez que o homem me tentar fazer perder tempo a olhar para um grupo de mulherio já nem sequer preciso de levantar os olhinhos do livro que estiver a ler. Já sei do que a casa gasta.

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