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Sete dicas para mariekondar a casa

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Ah, as mudanças. Já não falava disto há algum tempo, não é verdade? Estava a tentar ao máximo esquecer-me dos dias traumáticos que passei entre os guinchos de um bebé, caixotes espalhados por todo o lado, pó, carrinhas e pessoas a carregarem com móveis. Deixem-me da mão e não me venham cá dizer que estou sempre a reclamar, que só eu sei o trauma com que fiquei. É de tal maneira que me parece que nos próximos 40 anos não há mudanças para ninguém. 

Traumas à parte, há uma coisa boa em mudar para uma nova casa. É um espaço novo, cheio de potencial para fazer coisas espetaculares que, na casa antiga, andávamos sempre a adiar porque “para que é que vou pintar esta parede de cor de rosa salmão se daqui a dois meses me vou embora?”, e outras desculpas que tais. Já a casa nova é uma espécie de tábua rasa onde podemos começar tudo do zero.

Também é certo que passei de um t-bués para um T4 modesto e não aproveitar coisas da casa antiga era um completo absurdo. Trouxemos muita coisa a que estamos a dar uso aqui em casa, mas também há muita tralha que ainda está para ali metida em sacos e saquinhos e a que não sabemos bem o que fazer nem que uso lhe dar. Acho que estou só à espera que se evapore.

Numa altura em que só se fala na (sonsa da) Marie Kondo e na sua espetacular (e irritante, vá) capacidade de transformar armazéns assustadores em casas dignas de aparecer numa daquelas revistas de decoração, reuni algumas dicas que me ajudaram neste processo de mudança e que também vos podem ajudar caso estejam a passar pelo mesmo e estejam prestes a sofrer um AVC só de pensar na quantidade de caixas e merdas que têm por arrumar. No fundo, são sete dicas para "mariekondarem" a vossa casa, que é um verbo que não existe mas que vale a pena criar:

Deitem coisas fora
A Marie Kondo pode dar-nos vontade de lhe dar chapadas virtuais de tão calma e queriducha que é, mas uma coisa é certa, a mulher sabe bem como convencer pessoas a mandarem fora aquele bibelot que a tia-avó ofereceu no Natal de 1999 e que não serve para nada. Nem sequer para ser giro. Se tiverem lá por casa porcarias que nunca vão ter utilidade e que só estão a ganhar pó, mandem-nas fora. Se quiserem fazer como a Marie, antes de lhes dizerem o adeus definitivo, olhem para elas, dêem-lhes umas festinhas (creepyyyyy) e agradeçam-lhes pelo tempo que estiveram na vossa vida. Ou então, enfiem-nas só no saco do lixo e não pensem mais no assunto.

As caixas são as vossas melhores amigas
Podem parecer uma solução óbvia mas, minhas amigas e meus amigos, as caixas vieram mudar a minha vida. Tenho caixas para tudo, desde as bolachas na cozinha para as carteiras no roupeiro e até para os brinquedos dos miúdos. São a solução ideal para quem precisa de arrumar coisas rapidamente. Basta mandar tudo para dentro de uma caixa, metê-la a um canto e está feito. Não significa que as coisas estejam efectivamente arrumada, mas pelo menos parece que estão. E isso, parecendo que não, ajuda bastante a nossa sanidade mental.

Digam adeus aos papéis
Sabem as facturas da luz e do gás que continuam a guardar religiosamente para comprovarem às empresas que realmente as receberam e pagaram, não vá o diabo tecê-las e ficarem a comer saladas à luz das velas durante quinze dias? Deitem esses papéis fora. Nos dias de hoje, em que podemos pedir que nos enviem todas as facturas por email e guardar os comprovativos no computador, não há necessidade de terem a casa cheia de dossiers a encherem-se de pó e de bichezas.

Reciclem as coisas antigas
Nem toda a gente nasceu com capacidades para reaproveitar móveis. Felizmente, não faltam livros sobre o assunto que nos dão informação ao pormenor. Um deles é o da Filipa Brandão Mira, “Reorganizar, Decorar & Organizar”. A Filipa sempre esteve ligada ao mundo da decoração e no livro dá imensas ideias de como podem recuperar alguns dos vossos móveis e dar-lhes uma nova vida, em vez de os mandarem imediatamente fora. Imaginem, por exemplo, transformarem uma cómoda em muda fraldas ou recuperarem uma estante. Não sabem como? Pronto, eu também não, mas ela explica tudo no livro.

Arrumem os livros por cores
Há tempos andaram a circular rumores na internet de que a Marie Kondo dizia que só devemos ter 30 livros em casa. Caso isto seja mesmo verdade, a minha sugestão seria que levassem a Marie até ali ao Júlio de Matos e a deixassem presa num quarto, sozinha, até que voltasse a dizer coisas com sentido. Se forem como eu e tiverem 30 livros em cada prateleira, experimentem organizá-los segundo as cores da lombada. O resultado vai ficar mais ou menos assim: 

Acho lindo, mas cá em casa os livros estão organizados por autores e nacionalidades. Não é tão estético, mas facilita-nos mais a vida. 


Aprendam a dobrar e arrumar a roupa
Já sei que estão fartos de me ouvir falar na senhora japonesa, mas quando vi os oito episódios da série dela na Netflix aprendi algumas coisas bem jeitosas. Uma delas foi que passei a vida inteira a dobrar mal a roupa. A Marie tem um método muito específico para dobrar a roupa e não a arruma nas gavetas em pilhas, mas sim em pé. As gavetas ficam mais ou menos assim e se quiserem saber como é que se deve dobrar a roupa vejam o vídeo da Marie:


Rentabilizem o espaço
Olhem para a vossa casa e tentem perceber que espaços é que ainda estão por utilizar e podem ser rentabilizados da melhor maneira. Cabides atrás das portas são sempre boas opções para pendurar casacos ou carteiras, por exemplo. Pensem também em como será possível usar aquele suporte para sapatos que têm lá em casa e nunca usam para guardar os brinquedos dos miúdos ou os detergentes da cozinha, para estarem sempre à vista. Basta terem um bocadinho de criatividade.

E vocês? Que dicas e truques têm? Contem-me tudo.


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