15 anos, 15 histórias: 2018, Benedita e casa nova

2018 foi o ano da Beni, foi ela que tomou conta disto tudo. Anunciei a gravidez aqui no blog em Fevereiro, no meio de um vídeo de "Cenas Várias que me Vêm Parar Cá a Casa". Num minuto estava a mostrar produtos de maquilhagem, no minuto seguinte estava a mostrar a primeira roupa que tinha comprado para a bebé. Acho que consegui atingir o efeito surpresa. A 8 de Março, dia da mulher, contei que vinha aí uma menina. E apesar de já me terem dito que era miúda, com 100% de certeza, que acho que só acreditei mesmo quando nasceu.

Os primeiros cinco meses de gravidez foram um pequeno inferno,

enjoada o tempo todo, parecia que vivia numa traineira em mar alto. E depois, quando a coisa estava boa e eu estava, finalmente, a aproveitar a gravidez, a miúda decidiu nascer. Estava prevista para 26 ou 27 de Agosto, mas achou que não era um bom dia e preferiu o 14 de Julho (dia em que era suposto eu ir fazer stand-up ao alive...upsssss). Tudo muito certo, muito bonito, o irmão já tinha feito a mesma brincadeira cinco anos antes, mas esta, como boa gaja que é, nasceu logo em modo drama-queen. Toma lá duas semanas de incubadora e uma mãe de coração partido, que é para aprenderem. Foi horrível. Foi só horrível. De repente, o melhor e o pior do meu ano juntou-se ali. A alegria de ter uma bebé e a tristeza de não a poder ter comigo. Só anunciei o nascimento da Beni ao mundo uma semana depois de ter nascido, quando o pior já tinha passado. Não tive coragem antes disso. Enfim. Já passou, a Beni está uma gorducha lindona e já está tudo bem.

A segunda grande mudança do ano foi a mudança de casa. E eu juro que ainda estou um bocado traumatizada com o processo de organizar uma mudança com um recém-nascido em casa. Foi do demónio. Mas pronto, já estamos instalados há uns dois meses e, não estando ainda tudo prontinho, pelo menos já nos sentimos em casa. E adoramos estar aqui. Depois de cinco anos na última casa, que eu adorava, achei que ia ser muito difícil adaptar-me a uma nova zona, mas não. Basicamente, desde que estejamos juntos e com saúde, podemos viver em qualquer lugar (parece um bocado conversa à velha).

E pronto, 2018 foi muito isto. Não houve grandes viagens (só mesmo Marraquexe em modo família), não houve grandes actividades, não nada. Maaaaas, fui novamente considerada pela Executiva uma das mulheres mais influentes do país e voltei a ganhar os Blogs do Ano na categoria de lifestyle.Yeaaahhh!

E pronto, chegámos ao fim desta retrospectiva de 15 anos. Concluí o que ja sabia, que este blog me deu muitíssimo mais coisas boas do que más. Atirando tudo para cima da balança, o saldo foi positivo. Emocionei-me, diverti-me, irritei-me a reler isto tudo, havia inúmeras coisas de que já não me lembrava. Curiosamente, não me arrependo de nada do que partilhei aqui desde 2004. Acho que às vezes posso ter sido excessivamente irónica, ou agressiva, outras demasiado branda, mas acho que fez tudo parte do meu processo de crescimento. Quando o blog arrancou era uma miúda de 23 anos, hoje tenho 38 anos, é normal que já não me reveja em algumas atitudes ou pontos de vista mas... what you see is what you get.

Obrigada a todos por estarem desse lado. Os que estão desde sempre ou os que chegaram entretanto. Vocês são os maiores.