15 anos, 15 histórias: 2016, duas maratonas, stand up comedy e Portugal campeão da Europa

Tendo em conta a loucura que foi 2015, tinha ideia que 2016 tinha sido mais calmo. Mas agora que o vejo em retrospectiva, constato que foi tão cheio como os outros todos. Para começar,

corri duas maratonas, uma em Barcelona, em Março, e outra em Berlim, em Setembro. Se a de Barcelona correu assim assim, a de Berlim foi uma desgraça. Ao contrário das outras, nesta não tinha companhia, estava desmotivada e, aos 30 quilómetros, parei de correr e fui a andar até ao final. Doze quilómetros a andar, senhores, que inferno. Mas pronto, acabei, trouxe a medalha para casa e nunca mais me meti em maratonas. O problema foi, obviamente, a falta de treino. Como a maratona de Lisboa me tinha corrido tão bem, achei que as outras também iriam correr. Esqueci-me foi que treinei que me matei e que isso faz toda a diferença. Valeu pela experiência.

E mais? Então, lancei a série de vídeos "Não és mulher não és nada", com a Marta, que era uma coisa que me divertia MUITO e que vocês estão sempre a perguntar se vai voltar. Infelizmente só pudemos fazer dois episódios, porque não era fácil de produzir e acartava alguns custos, por isso tivemos de deixar a ideia de lado, mas gostava muito de recuperá-la. Foi também o ano em que eu, a Inês, a Sónia e a Bárbara nos mudámos para o The Woffice, no Chiado. Escritório esse que vamos ter de deixar este ano porque, txanaaaaaannnnn, a renda vai passar para mais do dobro. É a história da minha vida. Mas andamos à procura de outro poiso.

Em 2016 estreei-me no maravilhoso mundo do stand-up, depois de um convite inesperado para participar no roast à SIC Radical. E foi assim uma coisa de amor-ódio, muito parecida à sensação que tenho quando entro numa montanha-russa. Enquanto lá estou passo o tempo aos berros e a pensar "mas por que raio me vim eu meter nesta merda?", mas depois acaba e já estou "posso ir outra vez? Posso, posso, posso?". Fazer stand-up tira-me anos de vida, consome-me os nervos, mas também é uma coisa que me desafia, que me tira da zona de conforto e que, quando corre bem, é absolutamente incrível. Por isso está prometido que em 2019 vou regressar.

Outra coisa importante foi ter ganho os Blogs do Ano na categoria de Lifestyle. Foi a primeira edição do evento e foi um reconhecimento muito bom ao fim de tantos anos de blog. Também foi um ano de boas viagens (Cuba, Israel, República Dominicana, Amesterdão, um curso de fotografia em Nova Iorque). E o ano em que perdemos o Prince e o Geroge Michael =( Que dor de alma.

Em termos futebolísticos... porra, que ano. O Benfica ganhou o tricampeonato, depois de o Jesus se ter posto a andar para o Sporting e ter dito cobras e lagartos sobre o Benfica e sobre o Rui Vitória. Foi o campeonato que mais gozo me deu ganhar, a chamada chapada de luva branca. Foi só perfeito. E depois... foi o ano em que Portugal ganhou o campeonato da Europa, naquele jogo épico contra França, com aquele golo não menos épico do Eder. Foi, sem dúvida, a minha maior alegria futebolística na vida. A alegria que o país inteiro viveu foi indescritível e, possivelmente, irrepetível. Que maravilha.

Ficam algumas fotos de 2016: