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Channel: A Pipoca Mais Doce
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Habemus nome!

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Nunca na minha vidinha pensei que fosse tão complicado dar nome a uma criança. Ou melhor, a uma miúda, porque com o Mateus a coisa foi bem mais fácil. Demos voltas e mais voltas e mais voltas, e sempre que achávamos que o nome já estava fechado, acabávamos a reconsiderar, tipo "naaaaaaaaaa, ainda não é isto". A criança teve para aí uns cinco nomes até chegarmos à decisão final. Acho que o Mateus enlouqueceu um bocado com o processo, de cada vez que se afeiçoava a um nome nós decidíamos mudar. E explicar-lhe que afinal já não ia ser aquilo que tínhamos dito? Ui, todo um drama. 

Acho que já tinha aqui dito que
cada um tinha uma lista com cinco ou seis nomes e que não havia UM que coincidisse. Para piorar a coisa, eu tinha dito ao homem que caso tivéssemos um segundo filho podia ser ele a escolher (burraaaaaaaaaaaa). Claro que quando disse isso estava longe de imaginar que iria ao segundo, menos ainda que seria uma menina. Mas ele não se esqueceu e fez questão de jogar essa cartada, vetando todas as minhas escolhas. A verdade é que, ao contrário do  que aconteceu com o nome Mateus, que eu amava de paixão, desta vez não havia nenhum que eu quisesse assim mesmo, mesmo muito, pelo qual fosse capaz de me bater até à exaustão. Havia vários com os quais simpatizava. E também por isso a decisão foi sendo adiada. Dizia os vários nomes alto, imaginava-me a chamar a miúda, mas não havia nada que me fizesse palpitar.

As pessoas achavam que estávamos a fazer grande mistério, tipo segredo de Estado, mas só para aí há umas duas semanas é que o nome ficou mesmo decidido. E já nem sei muito bem quem é que lançou a hipótese ao ar. É um nome de que sempre gostei muito, mas que tinha ficado afastado das hipóteses iniciais por já haver uma pessoa na família com o mesmo nome. Mas quando percebemos que, coisa rara, estávamos os dois de acordo - e porque também já estávamos fartos de ter uma criança "desnombrada" -, decidimos que não valia a pena estar a dar mais voltas à cabeça. Ficou aquele e pronto. Gostava de ter uma história mais bonita e mais romântica para contar sobre a escolha do nome, do género "escolhemos este porque significa criança guerreira abençoada numa noite de luar", mas não. Acho que fomos só vencidos pelo cansaço. Ainda assim, adoramos o nome e estamos felizes com a escolha.

Claro que, à medida que fomos contando, tanto ouvimos "uau, adoro" como "não querem pensar melhor?". Não, pessoas, não queremos pensar melhor, já queimámos muitos neurónios à conta deste assunto (e Deus sabe como temos poucos). É um nome bonito, sóbrio e acho que a miúda não vai querer fugir de casa aos doze anos com vergonha do nome que decidimos dar-lhe. E se quiser, azarucho. Se eu aguento um Ana Margarida, ela também aguenta este. 

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