E já que ontem falei aqui de biquínis e fatos-de-bamho, e já que por acaso hoje até nem está a chover desalmadamente como nos últimos 80 meses, é capaz de ser um bom dia para falarmos do que é que se vai usar este ano no que toca à moda praia/piscina/tanque/qualquer sítio onde a pessoa possa rebolar o corpo ao sol. Posto isto, a Francisca, pessoa altamente entendida na matéria, partilhou connosco algumas das tendências que vão dar cartas este ano. Ora atentem:
Amarelos: ora aqui está uma cor que eu aprecio em biquínis, mas é preciso a pessoa já ter uma corzinha, sob pena de parecer uma amêijoa fora do prazo. Vê-se muito amarelinho por essas lojas, e parece que os biquínis não vão escapar.
Decote cigano: não fui eu que inventei o nome, diz que é mesmo assim que se chama a estas partes de cima com os folharecos a descaírem para os ombros, tipo mangas. Convém usarem outro tipo de biquíni antes se não querem ficar com marcas pouco fixes nos braços.
Cintura subida: a moda ainda não pegou muito por cá, excepto entre pessoas acima dos 78 anos. O que é uma pena, porque estas cinturas subidas são óptimas para esconder os Kit Kats emborcados feiamente ao longo de todo o inverno.
Desportivos: não têm grande história, são inspirados nos tops de desporto e são bons para peitos mais avantajados, já que dão mais sustentação.
Crop Top: mais uma tendência que está a demorar a arrancar porque nós, portuguesas, somos um bocado neuróticas com tudo o que nos tire centímetros de bronzeado. Eu acho bem giro. E há que sublinhar o lado versátil: estas partes de cima dão para usar como top, com umas calças, saia, o que vos apetecer.
Fatos-de-banho: vieram devagarinho mas instalaram-se em força e prometem ficar e ficar e ficar. BenzósDeus, que sou grande fã. Dentro do género fato-de-banho, este ano vamos ver este tipo de corte, que cria uma espécie de ilusão óptica na zona da barriga e faz com que o corpo pareça mais adelgaçado e com curvas. São particularmente recomendados para quem tem um tipo de corpo rectangular. Aprecio.
Riscas: a risca é aquele padrão que, basicamente, nunca sai de cena. Os anos passam e elas cá continuam a virar frangos. Não se esqueçam que as riscas horizontais dão a ilusão de alargamento. Vocês é que sabem o que querem para a vossa vida.
Cortina: é o nome dado à parte de cima destes biquínis, por parecem duas cortinas que tapam las marunfitas. Normalmente, não têm enchimento, por isso não são uma boa opção para quem tem pouco ou nenhum peito. Também não têm grande sustentação, por isso também não são óptimos para peitos mais bojudos. Mas experimentem. Se gostarem de se ver, as regras não interessam nada.
Flores: as flores são como as riscas, não há forma de uma pessoa se livrar delas. E ainda bem, que animam logo qualquer biquíni ou fato-de-banho. Se querem parecer mais magritas, evitem padrões muito grandes.
Nós: são bons sobretudo para definir a zona da cintura. Sou particularmente fã de fatos-de-banho multiposições como este azul da Rio de Sol, que dão para usar de uma data de maneiras diferentes.
Reversíveis: são uma invenção espectacular, porque a pessoa compra um biquíni/fato-de-banho e, na verdade, leva dois. Basta virar o lado e fica completamente diferente. Não é incrível? As marcas brasileiras estão cada vez mais fortes nisto, mas já há uma ou outra marca portuguesa a apostar nos modelos reversíveis.
Folhos: é uma das maiores tendências deste Verão, não só em biquínis mas também em tops e vestidos. Cuidadinho, porque os folhos acrescentam volume.
Tiras: não são uma novidade desta estação, mas continuam a ser giros. Probleminha: tiras demasiado apertadas podem fazer com que sobre chicha e nos sintamos pequenas salsichas alemãs.
Recortados: longe vão os tempos em que os biquínis eram coisinhas absolutamente básicas e sem graça, agora são todo um mundo de cortes diferentes e arrojados. Cuidadinho, que estes recortes deixam marcas esquisitas.
Pompons: sim, este ano está na moda usar biquínis que parecem sombreros mexicanos. Tenho sempre medo que os penduricalhos se vão perdendo com o uso.
Tie Dye: num ano em que a moda anda muito a piscar o olho aos anos 90, não podia faltar um Tie Dye. Alguém se lembra de quando tingíamos t-shirts em casa, com lixívia? Giro, mas não façam o mesmo aos vossos biquínis. Tenham juízo.
Renda: de vez em quando lá voltam as rendas à moda praia. Não sou grande apreciadora deste estilo meio hippie-coiso, além de achar que o crochet leva uma vida a secar. Mas vão andar por aí.