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Channel: A Pipoca Mais Doce
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E pronto, achei que ontem, dia da mulher, era um bom dia para anunciar que há mais uma miúda a caminho deste mundo tresloucado. É verdade. Tal como já aqui vos tinha dito, na ecografia do primeiro trimestre a médica deu-nos "entre 70 a 80% de certeza". Assim que pousou a sonda na minha barriga perguntou logo "querem um palpite?". Óbvio que sim, acho muito bonito aqueles pais que não querem saber o sexo do bebé (não acho nada, acho só esquisitoooo), mas para mim não dava. E, pela rapidez, pensei "pronto, aí vem outro rapaz". Quando ela disse "menina" acho que até fiquei meio abananada. Oi? Menina? Como assim? Não é que a ideia estivesse completamente arredada da minha mente. Assim de repente, não há opções intermédias, ou era menina ou era menino, mas aquilo soou-me estranho. Duas ou três semanas depois, já com a minha médica, veio a confirmação: yep, é mesmo uma miúda.

Quando engravidei do Mateus queria
MUITOOOOOO uma menina. Tanto que quando fiz o teste de sangue às oito de semanas e soube que era um rapaz, estive ali uma semana a digerir a coisa. Sofri um pequeno desgosto. Depois passou-me, claro. Quando aos cinco ou seis meses um médico me fez uma ecografia e sugeriu que, afinal, podia ser uma miúda, eu já não estava minimamente para aí virada. Já me tinha mentalizado que era um rapaz, já tinha nome, já tinha comprado coisas, por isso... como assim era uma menina? Não era, era impossível ser, mas o médico teve para lá uma epifania qualquer e acho que era boa ideia dizer-me aquilo.

Desta vez estava muito menos ansiosa em relação ao sexo da criancinha. Preferia uma menina só por ser diferente, mas a ideia de ter outro miúdo não me chateava minimamente. Porque já tenho um, porque sei como é, porque gosto muito. E porque, logisticamente falando, dava mais jeito. Agora... uma miúda é a entrada num território completamente desconhecido, não sei muito bem o que é que me aguarda. Toda a gente diz que são mais lixadas, mais impulsivas, mais difíceis de levar, mas que também são mais espertas e despachadas. Vamos ver. 

Na minha cabeça a ideia continua a parecer estranha, ainda não estou totalmente segura da ideia. Passei os primeiros três meses convencidíssima de que era um rapaz (sem nada que o sustentasse, só crença mesmo), até lhe tínhamos dado um nome piroso, Nélson. Era o Nelsssso para cá, o Nelssssso para lá. Quando soube que afinal não era menino, parece que vi o Nelsssso a fazer as malinhas para dar lugar à miúda (que também já tem um nome piroso provisório), e aquilo custou-me um bocadinho. Já lhe tinha afecto. Foi como se tivesse saído um hóspede e entrado outro. É uma ideia um bocado parva. mas pronto, estou grávida, deslarguem-me. E, não sei bem porquê, ainda estou para aqui desconfiada de que quando for à médica a próxima vez ela vai dizer "aaaaaaah, afinal houve aqui um pequeno equívoco, é um rapaz". Devia ter feito logo o teste de sangue e pronto, ao menos não havia cá margem para divagações.

Toda a gente diz que vou perder a cabeça por ser uma miúda, que me vou desgraçar nas compras mas, para já, ainda não baixou em mim o espírito consumista desenfreado. Comprei três ou quatro pecitas que foram assim paixão ao primeiro olhar, mas quero dar uma volta a toda a roupa que guardei do Mateus e ver o que posso aproveitar, antes de me pôr a gastar dinheiro desnecessariamente. Já nem me lembro de tudo o que está armazenado naquelas caixas, mas tenho a certeza que, pelo menos básicos, pijamas e interiores darão para aproveitar. Ando só a ganhar coragem para essa tarefa. Ontem fui ao Colombo, entrei em duas ou três lojas infantis e, curiosamente, achei muito mais graça às coisas de menino do que às de menina, sobretudo para recém-nascido.Vou ter de mudar o chip.

E depois entramos na questão mais dramática: o nome. Se fosse rapaz era facílimo, só gostávamos de um ou dois, estava praticamente fechado. Mas para miúda há um muuuuundo de opções e, sinceramente, não há nenhum que eu ame de paixão, que eu diga "ou é este ou não é mais nenhum". Tenho vários de que gosto e que, para mal dos meus pecados, não coincidem com os da lista do homem. Cada um escolheu cinco e não há um, UM, senhores, que bata certo. Já percorri todas as listas, já vi os nomes de todos os miúdos da escola do Mateus, a ver se me inspirava, já andei em blogs de nomes, já estive quase a ir para a porta da Alfredo da Costa fazer uma sondagem à boca do parto, mas nada. Está mesmo, mesmo difícil. Quando engravidei do Mateus tinha um nome de menina fechadíssimo. Continuo a gostar imenso dele, mas já se tornou mais comum, por isso não sei se me apetece muito. Ah, dúvidas, dúvidas. Lancem as vossas sugestões, pode ser que haja alguma coisa incrível que me tenha escapado.

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