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Dez séries da Netflix que deviam estar a ver

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Se é verdade que o "video killed the radio star", deviam lançar um qualquer estudo que provasse que as séries estão a matar os livros. Pelo menos no meu caso, que todos os dias me vejo metida no dilema "leio ou vejo uma série?". Regra geral, as séries têm levado a melhor, mas estou a tentar chegar a uma situação de compromisso: ler sempre um bocadinho, nem que seja só um capítulo, e depois ver 358 episódios da série que estiver a seguir no momento. A Netflix veio lixar-me a vida, mas quero acreditar que é de uma boa maneira. Porque as séries cumprem maaaaaais ou menos o papel dos livros, só muda a plataforma. Eu não sei o que é que vocês andam a ver e também não quero desviar-vos dos vossos bons propósitos de leitura, mas aqui ficam dez séries obrigatórias. E se tiverem outras para a troca, partilhem:

HOUSE OF CARDS

Para quem gosta de drama político, esta é "a" série, daquelas que uma pessoa não consegue desgrudar. Para os sortudos que ainda não viram, na Netflix têm quatro temporadas inteirinhas para se perderem de amores. Para mim, o Frank Underwood é o papel da vida do Kevin Spacey (se bem que depois de descobrir que também ele anda metido nessas escandaleiras sexuais me passou metade da admiração), simplesmente genial. E a Robin Wright também está fantástica. E linda de morrer. E com o guarda-roupa mais invejável das séries televisivas.


MULHERES ASSASSINAS


É uma série documental em que em cada episódio o jornalista Piers Morgan entrevista uma mulher acusada de ter cometido um crime absolutamente hediondo. Praticamente todas apanharam prisão perpétua ou muitos e muitos anos de cadeia. Daquelas mulheres que uma pessoa olha (algumas delas mesmo muito jovens) e pensa "naaaaaaaa, é impossível que esta tipa se tenha passado da cabeça e tenha limpado o sebo ao marido/namorado/amigo. Tem um ar tão querido". Pois, as aparências iludam mesmo e uma pessoa dá por si a pensar que, se calhar, todos nós estamos sujeitos a certos momentos na vida em que podemos perder MUITO a cabeça. É assustador. A primeira temporada tinha apenas dois episódios, a segunda (acaba de sair) tem cinco. Se têm uma ligeira curiosidade mórbida (como eu), vão adorar. 

GYPSY

Gostei tanto, tanto, tanto desta série que ainda não recuperei do desgosto de saber que não vai ter uma segunda temporada. Um grande buuuuuuu para a Netflix. Basicamente, conta a história de uma psicóloga (Naomi Watts) que, não contente com a sua vidinha, acaba por se intrometer na vida dos seus pacientes, tendo interferência directa nas suas histórias. Apesar de não ser propriamente o tipo de psicóloga que gostaríamos de apanhar pela frente, acabamos por nos rever em muitos dos seus comportamentos, na necessidade de viver outras coisas, naquele tediozinho em que todos nós, de uma maneira ou de outra, acabamos quase sempre por cair.

DOCTOR FOSTER
São só cinco episódios e ainda bem, porque o nosso coração não aguentava tanto drama de cortar à faca. É que aquilo é tensão do princípio ao fim. A Doctor Foster é uma mulher bem sucedida, médica, que vive um casamento feliz. Pelo menos aparentemente. Um dia começa a desconfiar que o marido a engana e a partir daí temos o caldo entornado. Vão ser cinco episódios em que a fofinha da Doctor Foster vai tentar perceber se aquilo é mesmo verdade ou se está só louca. Mas faz aquilo tão bem que uma pessoa só pensa "se um dia for traída, só quero conseguir gerir a coisa com a mestria e a inteligência dela". Vejam, vejam e vejam, é óptima!

AMIGOS DE FACULDADE

É um registo mais levezinho, mas não deixa de tocar numa data de pontos que nos fazem soar alguns alarmes. Vinte anos depois da faculdade acabar, um grupo de amigos percebe que há coisas mal resolvidas e que a vida, afinal, não é necessariamente mais fácil por sermos mais crescidos. True story.

BLACK MIRROR
Cada uma das três temporadas tem episódios independentes entre si, ou seja, podem começar por onde quiserem. E até aconselho que não comecem pelo primeiro episódio da primeira temporada, porque é tão forte que é capaz de vos desmotivar. A série passa-se no futuro, mas num futuro não tão longínquo quanto isso, e mostra de que forma as inovações tecnológicas vão afectar (ainda mais) as nossas vidas. É um bocadinho perturbador perceber que estas coisas podem mesmo, mesmo vir a acontecer.

BREAKING BAD

Despachei as cinco temporadas num mês e pouco, já vai para três anos, mas tenho para mim que ainda a vou rever. Levei algum tempo a pegar-lhe, mesmo que toda a gente me dissesse que era imperdível. Há séries que, pela temática, acho logo que são mais masculinas (prendam-me, Capazes!) ou que não são bem o meu género, e foi por isso que ia perdendo o Breaking Bad. Felizmente o homem lá de casa insistiu muito e eu acabei por ceder. Foi o melhor que fiz, porque é das melhores coisinhas que algumas vez passará pelo Netflix. A série é sobre um típico homem de família que, pelas voltas que a vida dá, se viu obrigada a dedicar-se à produção e tráfico de metanfetaminas. E mais não digo. Mas se não virem são cocós.

MAKING A MURDERER

Já tinha falado sobre esta série aqui, mas eu quero tanto, tanto, tanto que a vejam que deixo novo apelo. Não descanso enquanto houver uma alma que ainda não tenha visto. É um documentário de dez episódios que conta a história de Steven Avery, um homem acusado de ter assassinado uma mulher. Ao fim de 18 anos preso descobrem que, afinal, o culpado era outro e lá o libertam, mas depressa arranjam outro crime para o acusar. Na altura esta série deu cabo de mim, estava absolutamente revoltada: "Nunca uma série fez crescer em mim tantos sentimentos de raiva, impotência e frustração. Tive muita vontade de entrar pelo ecrã e desatar a largar porrada naquela gente toda", foi o que escrevi na altura. Tirem um sábado ou um domingo para verem os dez episódios de enfiada, porque é impossível ver de outra maneira. 

NARCOS


Eu já vos tinha dado aqui um belíssimo motivo para verem Narcos, mas claro que há mais. Para quem nunca ouviu falar, é sobre o negócio da droga nos cartéis colombianos, mais especificamente sobre o maior traficante de todos os tempos, Pablo Escobar (magistralmente interpretado pelo brasileiro Wagner Moura). Ainda só vi as duas primeiras séries, estou a ganhar coragem para me atirar à terceira, sabendo que já não entra o Wagner Moura. Mas pronto, entra o Pepe Rapazote, é "quase" o mesmo.

THE GOOD WIFE


Não é propriamente uma novidade (a primeira temporada é de 2009), mas é uma bela série para entreter. Mete drama, mete romance, mete aquelas coisas todas que nós gostamos e há sete temporadas inteirinhas disponíveis. A personagem principal é uma advogada que volta ao activo depois de o marido, político, ser apanhado num escândalo sexual. Se não eram grande fãs do Mr.Big no Sexo e a Cidade, cheira-me que também não é aqui que vão ficar.


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