No ano passado falei-vos aqui de uma acção em que participei, a propósito da prevenção da anemia, e da qual fui embaixadora. Um ano volvido - e depois de ter confirmado que sou uma pessoa anémica - o tema mantém-se actual e eu voltei a aceitar o desafio de ser Embaixadora Mudar a Anemia. Porque se dá pouca importância ao assunto, porque há muita gente que sofre de anemia sem o saber, porque continuamos a confundir sintomas ou, pior, a ignorá-los. E que sintomas são esses? Por exemplo, fadiga, tontura ou falta de ar. Muitas pessoas desvalorizam, chutam para canto e arrumam o assunto com um "ahhhhh, isto deve ser só cansaço". É normal, passamos a vida a correr de um lado para o outro, atribuímos tudo ao stress a que estamos sujeitos diariamente, mas às vezes é preciso parar um bocadinho e investigar a causa do nosso mal-estar.
A maior parte dos casos de anemia estão ligados à falta de ferro, necessário para o corpo produzir energia e melhorar o humor e a concentração. Segundo um estudo realizado em 2015 pelo Anemia Working Group (AWGP) e cujos resultados publiquei aqui, estima-se que 20% dos portugueses sofram de anemia e que, destes, 84% não fazem ideia. Se acham que fazem parte desta leva, está na hora de irem ao médico, de explicarem os vossos sintomas e de pedirem análises de despiste da anemia.
Pela parte que me toca, no ano passado fiquei um bocadinho preocupada com os meus níveis de ferro, sobretudo porque faço desporto (bem, agora nem tanto) e gostava de não cair para o lado um dia destes. Desde então que tomo suplementação e procuro ingerir alimentos mais ricos em ferro, mas sei que a minha anemia não está aniquilada (é praticamente impossível). No dia 26 assinala-se o Dia da Anemia e haverá rastreios gratuitos no Colombo e no Arrábida Shopping. Vou voltar a testar os meus níveis de ferro, depois logo partilho os resultados. E vocês, andam atentos a isto?
#umasaudedeferro