Foi há uns dois meses que criei um grupo no WhatsApp ao qual chamei qualquer coisa como "tive aqui uma ideia espectacular". Ao grupo juntei a Inês e a Sónia, duas pessoas que eu achei que eram meninas para embarcar na minha loucura. Que loucura era essa? Calma, não as convidei para abrirmos um bar de alterne nem para experimentarmos drogas pesadas, imagino onde é que já vão essas mentes. Era uma coisa inofensiva: partilhar um escritório.
Isto de se trabalhar em casa é tudo muito giro. É giro ao fim de um ano. Ao fim de dois. Ao fim de três. Ao fim de quatro ou cinco uma pessoa já começa um bocado a dar em doida. Há muita coisa boa, é um facto. Posso sair da cama directa para o computador, em pijama. Posso tirar uma tarde para bezerrar no sofá ou para uma sesta naqueles dias em que chove muito e sabe tão bem. Posso levantar-me a qualquer instante para ir ali à cozinha fazer uma sandocha ou preparar uma taça de Chocapic. Posso pôr música aos berros, ver o Goucha e a Cristina, correr nua pela casa (esta parte nunca aconteceu, mas...). Posso entrar e sair sempre que quiser. Basicamente, posso fazer o que me apetecer, porque a casa é minha, estou sozinha o dia todo e ninguém tem nada a ver com isso.
Mas depois há os lados menos bons. Não ter companhia. Não ter com quem trocar uma ideia (ok, há o mail, há o Facebook, mas não é a mesma coisa). Não ter com quem partilhar uma piada. O excesso de silêncio (mesmo que o Spotify esteja ligado o dia todo). O não conseguir distinguir o meu trabalho do trabalho da casa propriamente dito. Porque tanto posso estar a preparar um post como a lembrar-me que tenho de ir tirar a louça da máquina ou pôr uns bifes a descongelar. E, pelo meio, deixa-me só ir ali arrumar a roupa que deixei espalhada, e entretanto já estou a dar a volta ao roupeiro todo e ficaram não sei quantos assuntos pendurados no computador. Mas é mesmo do convívio que mais falta sinto. Tenho saudades de muito pouca coisa no jornalismo
, mas o ambiente de redacção é uma delas. O sair de casa, o ver pessoas, o apanhar ar, o rir. E então achei que estava na hora de arranjar um espaço, com mais gente. Lembrei-me logo da Inês e da Sónia, porque ambas trabalham em casa, porque sabia que já estavam um bocado fartas, e porque são pessoas de quem gosto e com quem sei que me vou dar bem num ambiente de trabalho. Aliás, trabalhei vários anos com a Sónia na Time Out e com a Inês já trabalho há um par de anos, e como nunca me peguei à chapada com nenhuma, tive para mim que a coisa podia resultar. E o que começou por ser só uma ideia lançada ao ar (o chamado atirar o barro à parede) teve logo uma resposta positiva do outro lado. Ambas queriam, ieeeeeiiiii!
, mas o ambiente de redacção é uma delas. O sair de casa, o ver pessoas, o apanhar ar, o rir. E então achei que estava na hora de arranjar um espaço, com mais gente. Lembrei-me logo da Inês e da Sónia, porque ambas trabalham em casa, porque sabia que já estavam um bocado fartas, e porque são pessoas de quem gosto e com quem sei que me vou dar bem num ambiente de trabalho. Aliás, trabalhei vários anos com a Sónia na Time Out e com a Inês já trabalho há um par de anos, e como nunca me peguei à chapada com nenhuma, tive para mim que a coisa podia resultar. E o que começou por ser só uma ideia lançada ao ar (o chamado atirar o barro à parede) teve logo uma resposta positiva do outro lado. Ambas queriam, ieeeeeiiiii!
Começou então a procura pelo espaço perfeito. Não somos de grandes exigências, mas tinha de ser central, tinha de estar perto do metro, tinha de ter sala de reuniões e, claro, tinha de ser em conta. Foi neste último aspecto que percebemos que precisávamos de uma quarta pessoa para se juntar a nós. Porque assim que começámos a ver os preços das rendas nas zonas que nos interessavam percebemos que os valores eram puxadotes. E então lembrei-me da Bárbara, que tinha conhecido num curso que fizemos juntas e que eu sabia que também tinha deixado o jornalismo para trabalhar por conta própria. E pronto, assim se fechou o quarteto fantástico, que encontrou um espaço igualmente fantástico: um T2 fofinho no coração do Chiado, mesmo à nossa medida, e onde sei que seremos (ainda mais) felizes. E que até já tem nome: The Woffice. Há nome mais perfeito para descrever um escritório repleto de mulheres?
Então e agora o que é que falta? TUDO! Porque este não é só um escritório, é o nosso escritório e queremos que seja o mais espectacular da grande Lisboa, quiçá da Península Ibérica. Vai daí, vamos transformá-lo em grande. Vai virar um palácio e nós vamos mostrar-vos tudo, toooodos os passinhos, numa espécie de "Querido, mudei o escritório". Até porque vamos contar com a ajuda da querida e super talentosa Ana Rita Soares, que foi uma das primeiras designers de interiores do "Querido Mudei a Casa". Ao longo das próximas semanas (que esperemos que sejam poucas!) vão poder acompanhar todas as mudanças - até à revelação final -, através de um conjunto de vídeos produzidos pela Luneta (se precisarem de vídeos falem com este senhores). Aqui fica o primeiro, divirtam-se!