É sempre assim. Depois de alcançar um qualquer objectivo físico fico sempre um bocado amorfa. Não me apetece correr, não me apetece voltar aos treinos, não me apetece ir ao ginásio, não me apetece nada. Uma semana e pouco depois de ter voltado de Fátima, achei que estava arrumada. Não que tenha achado exigente a nível físico, mesmo tendo sido 140 km, foi mais aquela coisa de ter conseguido um feito. Tipo, missão cumprida, já está, já chega, já está bom. O problema é que não está, não chega, não está bom, porque há uma maratona para correr daqui a cinco meses. E há todo um plano de treinos para pôr em marcha. O Pedro enviou-mo há uns dias e até me apeteceu chorar: corridas curtas e longas, treinos de séries, musculação, resistência, há de tudo. Páginas e páginas de plano. Vão ser 20 semanas non-stop, apenas com descanso às quartas e (alguns) sábados. Olho para os treinos longos (26, 30, 36 km) e não estou bem a ver como é que a coisa se vai dar. O máximo que corri na vidinha foram 21 km. Ai, Jesus, porque é que me fui meter nisto? Mas bom, hoje contrariei a preguiça e obriguei-me a ir ao ginásio. Chega de letargia, parei pouco mais de uma semana e parece que foram seis meses. Estou de volta e até Outubro vai ser sempre a abrir. Hoje experimentei pela primeira vez os ténis que me vão acompanhar em todos os treinos até à Maratona, os Adidas Ultra Boost. Dizem que são os melhores ténis de corrida de sempre. Só corri dois quilómetros com eles hoje, em passadeira, para aquecer, por isso ainda não dá para ter grande opinião, mas tenho outros com tecnologia Boost e sou fã, são os que uso sempre nas provas longas. Os Ultra vão ser os meus melhores amigos nos próximos tempos, é bom que nos dêmos bem.
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