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Channel: A Pipoca Mais Doce
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Eu, viciada, me confesso

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Nunca fui uma pessoa assim muito ligada a jogos, mas de quando em vez lá me vicio num. Em miúda aconteceu-me com o Tetris, com o Bubbles, com o Pacman ou com o mítico Prince of Persia. Era capaz de ficar horas e horas naquilo, mas acho que nunca cheguei a entrar no campo da obsessão. Até ter um iPhone. O iPhone é aquele instrumento do demónio que nos pode fazer perder bonitas horas de vida com coisas estúpidas, como... o Candy Crush. Ora para quem não sabe do que estou a falar, o Candy Crush é um jogo irritante como tudo em que temos de agrupar doces de várias espécies, e depois aquilo vai explodindo, e há vários objectivos, e ora agora temos de fazer 100 mil pontos, ora agora temos de conseguir rebentar com placas de gelo que estão a cobrir os doces. Enfim, uma coisinha que não se recomenda a ninguém.  Eu ainda vou para aí no nível 40, sendo que, neste momento, devem ser uns 400.  O problema é que aquilo vicia como o raio e, pior, faz-nos depender de outros jogadores para conseguirmos desbloquear níveis ou ganharmos vidas. Ora eu, que sempre dei por mim a gozar com os maluqinhos do Farmville que se levantavam às quatro da manhã para colher morangos ou que não podiam ir de férias descansados porque as vacas podiam morrer à fome, de repente tornei-me numa dessas chatas desesperadas que andam a implorar vidas e que não sossegam enquanto não passam de nível. E vou à net ver dicas e truques para passar. E já dei por mim a pagar 0,89 cêntimos só para poder ter mais vidas e continuar. Aaaarrrrggghhhh! O meu homem anda boquiaberto. Diz que não me reconhece, que não foi esta a pessoa com quem casou, mas quer dizer, eu também não o chateio quando está agarrado a um comando em frente à televisão a jogar coisas estúpidas de futebol e a achar, realmente, que está na Liga dos Campeões. O Candy Crush é o meu guilty pleasure, um prazer inofensivo e que tem sido um grande companheiro nas noites em que o Mateus se lembra que há coisas mais giras para fazer do que dormir. Mas, confesso, se pudesse voltar atrás, ao tempo em que não fazia ideia de que este joguinho maquiavélico existia, eu voltava. Mas num fim-de-semana de férias em que estava particularmente aborrecida a minha cunhada falou-me disto e pronto, agora é ver-me sempre agarrada à porcaria do telefone a tentar rebentar com aqueles docinhos que parecem todos queridos e afáveis mas que são uns grandessíssimos *fdp* que se juntam todos para me tramarem os nervos. Mais alguém por aí a padecer da mesma doença?

(e quando aparece aquele relógiozinho no fim a dizer que ainda falta m 27 minutos e 34 segundos até à próxima vida? Não vos apetece partir tudo?)



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